quarta-feira, 15 de junho de 2016

Os 45% a favor de Cunha são preocupantes (Por Thiago Muniz)

Ontem (14/06) nos surpreendemos com o voto de minerva da deputada Tia Eron em favor da cassação de Eduardo Cunha.

Ok, comemora-se! Mas não muito. Porque?

A votação foi apertada, repercussão na mídia, 7 meses de demora, manobras e mais manobras na Conselho de Ética, negociações e trocas de favores.

Devemos nos preocupar com os 45% a favor de Cunha, que são extremamente fiéis a ele e isoladamente radicais a qualquer tipo de mudanças concretas em prol de uma nação melhor, o que importa são os favores que tendem a ganhar. Isso é um fator preocupante.

Porque esses deputados, mesmo com todos os indícios desfavorável a Cunha continuaram firmes ao seu simpatizante? Rabo preso? É uma possibilidade, o que torna um fator preocupante.

No Brasil a única oposição autêntica é a da classe política contra o cidadão. Todos os políticos são um único grupo de gente espúria, independente de partidos, legendas. Todos são inimigos do cidadão, do eleitor, do contribuinte. Aja visto que o país depois de ter passado pelas mãos de alguns deles nunca passou de se o país retrógrado, atrasado, injusto, corrupto e sem crescimento que é hoje.

Os aliados de Michel Temer tentam acalmar os mais desconfortáveis garantindo que, ao menos, Cunha não será mais presidente da Câmara depois que o serviço estiver feito. Pode ser, mas não faltará em seu círculo quem avalie que seria burro tirar um político tão competente e com um comando ímpar da Casa (no caso Eduardo Cunha) justamente quando se promete aprovar projetos que necessitam de grande número de votos. Se a pauta for, finalmente, um ajuste fiscal e reformas palatáveis ao empresariado e ao mercado, duvido que haja patos gigantes infláveis contra o peemedebista. Como se diz em espanhol, amanecerá y veremos.

Guarde esta lista: Estes deputados votaram para NÃO cassar Eduardo Cunha

fonte: Huffpost Brasil

Dos nove, sete respondem a processos na Justiça e sete votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Alberto Filho (PMDB-MA): filho do prefeito de Babacal (MA) José Alberto Oliveira Veloso, Alberto está no segundo mandato como deputado federal. Votou a favor do impeachment.

André Fufuca (PP-MA): investigado por corrupção eleitoral no Supremo, está no primeiro mandato na Câmara e votou a favor do impeachment.

Mauro Lopes (PMDB-MG): ministro de Aviação Civil do governo Dilma até abril, votou a favor do impeachment. Está no sexto mandato como deputado federal.

Nelson Meurer (PP-PR): alvo da Lava Jato, está no sexto mandato na Câmara. Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, afimou que Meurer recebeu R$ 4 milhões desviados da estatal na forma de doações para sua campanha eleitoral. Também votou contra Dilma.

Sérgio Moraes (PTB-RS): deputado federal pela terceira vez, é condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em duas ações civis públicas por improbidade administrativa e em outra por agressão física. Também teve as contas eleitorais da campanha de 2014 rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral gaúcho. Ele recorreu em todos os processos e as condenações nos casos de improbidade foram mantidas. Votou pelo impeachment e em 2009 ficou conhecido por dizer que estava“se lixando para opinião pública”.

Washington Reis (PMDB-RJ): réu por crime ambiental, ele é alvo de outros quatro inquéritos no Supremo. O parlamentar é investigado por lavagem de dinheiro, variação de patrimônio incompatível com os bens declarados à Justiça Eleitoral, envolvimento em um esquema de fraudes em licitações. Também é suspeito de usar a estrutura da prefeitura de Duque de Caixas (RJ) em obras de um condomínio particular. Está no segundo mandato na Câmara e votou pela saída de Dilma.

João Carlos Bacelar (PR-BA): responde a três inquéritos no Supremo que apuram peculato e falsidade ideológica. Teve as contas eleitorais de 2014 reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia. Votou contra o impeachment e está no terceiro mandato na Câmara.

Laerte Bessa (PR-DF): relator da PEC que reduz a maioridade penal, votou pelo afastamento de Dilma e está no segundo mandato como deputado federal. É réu no Tribunal de Justiça do Distrito Federal em ação civil de improbidade administrativa em que é investigado por irregularidades em concurso público para delegado da Polícia Civil do DF.

Wellington Roberto (PR-PB): réu em ação civil pública no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, está no quarto mandato na Câmara e votou contra a saída de Dilma.


















BIO

Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.



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