quarta-feira, 27 de abril de 2016

Bolsonaro e a volta ao passado retrógrado (Por Thiago Muniz)

“Messias” em hebraico significa “ungido”, ou seja, consagrado. A palavra extrapolou o contexto religioso judaico-cristão e, tornando-se conceito, passou a representar alguém que acredita possuir poderes sobrenaturais para solucionar os problemas enfrentados por sociedades mergulhadas em situação de caos. 

O terreno propício para o aparecimento do “escolhido” é o da desesperança política, desagregação econômica e ressentimento social. Vestido com o manto da intolerância e empunhando a clava do autoritarismo, o líder messiânico elege como bodes expiatórios todos aqueles que ousam pensar e agir de maneira independente. O resultado dessas intervenções mistificadoras é sempre catastrófico.

Político, Bolsonaro demonstra profundo desprezo pelas agremiações. 'Católico fervoroso', Bolsonaro tem profundo desprezo pelo ser humano. Homofóbico, disse: 'Seria incapaz de amar um filho homossexual.' 

Ainda assim, tem três milhões de seguidores no Facebook". 

A pior parte disso tudo é ver o número de pessoas que adota o discurso de ódio aumentando, sem pensar nas consequências. Parece que a parte política tá falando mais alto que a parte humana nas pessoas. 

Bolsonaro tem desprezo pela política do jeito que ela deve ser feita. Lembra a Alemanha nos anos 30.

Os milhões de seguidores do Bolsonaro demonstram a falência da Educação no Brasil. Porque só a ignorância explica a adesão dessas pessoas às ideias racistas, misóginas, machistas e homofóbicas desse sujeito.

A coisa mais engraçada dos seguidores de Bolsonaro é que nem eles mesmos acreditam em seu líder fala, não nega nada do que disse, se você for lá perguntar ele assume o que disse. E quando essas coisas são expostas para seu seguidores (pasmem) eles dizem que é mentira, que estão tentando criar um monstro. Eu sei que é difícil de acreditar que alguém possa ser tão escroto, até para os seguidores, mas é.

Jair Messias Bolsonaro chegou à Câmara dos Deputados montado em quase 465 mil votos, o equivalente a 6% do total do eleitorado fluminense. Defensor entusiasmado da ditadura, ele mesmo militar da reserva, quando na ativa, entretanto, demonstrou profundo desprezo pela hierarquia. Em 1986, já capitão do Exército, ficou preso por 15 dias por indisciplina e imoralidade, acusado de liderar manifestações por melhoria do soldo. No ano seguinte, anunciou uma operação, denominada Beco sem Saída, que consistia na explosão de bombas de baixa potência em quartéis para chamar a atenção para os salários da categoria. Em ambas as ocasiões, acabou absolvido pelo Superior Tribunal Militar.

O deputado de extrema direita Jair Bolsonaro, defensor da tese de que os gays são fruto do consumo de drogas e partidário de proibir o voto a analfabetos e pessoas sem renda, costuma ser estrela nos protestos, ovacionado pela multidão, órfã de candidatos sem reparos em se declarar de direita. Bolsonaro quer ser presidente em 2018 e os ventos conservadores que sopram no Brasil estão disparando sua popularidade. Caso parecido já se viu na Itália com Silvio Berlusconi e hoje nos Estados Unidos, com um imparável Donald Trump.

O deputado está tomando a sério a promessa, já lançada em 2014, de “ser o candidato da direita”. Contratou até um marqueteiro. Hoje, um veterano publicitário paulista, com experiência nos Estados Unidos, e partidário da intervenção das Forças Armadas no Brasil, articula a pré-campanha do pré-candidato. O deputado, no Congresso desde 1991, transformou-se também nos últimos tempos em uma máquina nas redes sociais. Mais de 2,4 milhões de pessoas o acompanham no Facebook, superando o público virtual de Lula em mais de 300.000 seguidores. Na rede social, Bolsonaro mobiliza 58 grupos e tem 99 páginas associadas ao nome dele, segundo um levantamento do Laboratório de estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic). Lula tem apenas 9.

A mídia tem sido, efetivamente, um dos principais palanques de Bolsonaro, um candidato que, ao igual que Trump, cresce na polémica. Na sua primeira eleição a vereador em 1988 ele era conhecido nos jornais como o capitão que orquestrou um ano antes a operação Beco Sem Saída. O plano consistia em plantar bombas de fabricação caseira em quarteis para protestar se o aumento dos salários do militares fosse menor de 60%. Bolsonaro, que confessou o complô a uma jornalista a quem pediu infrutuosamente sigilo, foi finalmente absolvido, mas a etiqueta de conspirador –e ao mesmo tempo defensor dos interesses dos militares­– o perseguiu por anos.

O problema de quem acredita no Bolsonaro, e nas suas idéias, é que eles simplesmente não acreditam que essas coisas não podem se voltar contra eles, o cara prega a morte e a tortura de pessoas com ideais diferente dele, mas um dia ele vai se voltar contra as pessoas que elegeram ele, pois a única coisa que importa é o poder, vide que ele não respeitou a hierarquia militar.

Isso mostra a qualidade de caráter do povo. Esses mesmos 3 milhões de seguidores dele, estavam espalhados pedindo o impeachment. Essa é a escória que compõe o corpo da direita deste país. É temeroso um futuro com mais animais como esses ameaçando nossa democracia com os olhos vermelhos de ódio!

Fato no Brasil é pegar frases ditas em um determinado contexto e rotular a pessoa. O Povo precisa ler, reler, buscar outros pontos de informação, para formar sua própria opinião. O que vemos hoje são várias pessoas sendo feitas de ignorantes em uma velocidade assustadora.




BIO

Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para:thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.


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